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70 anos da presença das
Irmãs Dominicanas de
Santa Catarina de Sena em Santo Amaro

28 de maio de 2023

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Ata dos 70 anos da presença

das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena em Santo Amaro

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             Hoje estamos em plena festa neste Domingo de Pentecostes, o Domingo do Espírito Santo, pois temos a presença dos irmãos e irmãs que realizaram as nossas Visitas Pascais e levaram a mensagem da Boa Nova de Cristo Ressuscitado, Cristo Vivo, Cristo Connosco às casas da nossa paróquia, onde as saloias invocaram com o seu canto a ação do Espírito Santo nas nossas vidas e famílias.

            Também temos em nós uma alegria pela presença das crianças e adolescentes da catequese paroquial nesta já habitual missa mensal da catequese, em que tornam celebrativo toda a mensagem aprendida e ensinada nas salas, e assim em comunidade paroquial manifestam a realidade do que é ser e viver em espírito de família paroquial.

            E hoje estamos também em ação de graças pelos setenta anos da presença das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena aqui em Santo Amaro, onde há sete décadas atrás desembarcavam no Porto do Funchal, as primeiras quatro religiosas, com autorização da ereção canónica do Abrigo de Nossa Senhora de Fátima dada pelo bispo diocesano foi entregue esta obra de cariz social às Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena, por vontade da D. Berta Luísa Perestrelo Vieira Pereira da Silva e de um grupo de senhoras bondosas e de grande profundidade de vida cristã desta cidade do Funchal. Assim, foi escolhido o local para a obra e comunidade religiosa na Quinta do Tanque, aqui em Santo Amaro, que ainda hoje permanece casa das Irmãs e funciona o Abrigo, que carrega o nome de Nossa Senhora de Fátima por causa da primeira visita da Imagem peregrina, em 1948, a esta ilha, tendo despertado no coração das referidas senhoras um certo desconforto pela falta de políticas sociais, de educação e de saúde junto a maior parte da sociedade que vivia em situação de pobreza, e assim, com a abertura do Abrigo e a chegada das irmãs, começaram a acolher e educar crianças, adolescentes e jovens, dando resposta para uma maior liberdade, responsabilidade e autonomia, com a marca dos valores cristãos, humanos e espirituais.

            Durante estes setentas anos houve desde sempre uma grande colaboração das irmãs na vida pastoral e paroquial da nossa comunidade, que praticamente assistiram à criação da nossa paróquia a 24 de novembro de 1960 por Dom David de Sousa, e que começou a funcionar independentemente da Paróquia de Santo António a 01 de janeiro de 1961. Sabemos, por tradição oral e por sermos testemunhas, da ação das irmãs em prol desta nossa Paróquia nos seus três espaços celebrativos: primeiramente na antiga capela de Santo Amaro, depois na cripta hoje o nosso salão paroquial e desde o ano 2000 nesta nossa bela e majestosa igreja paroquial, dedicada nesse santo ano jubilar! Ao longo destes 70 anos, passaram por esta comunidade religiosa cerca de 50 religiosas, que sempre estiveram disponíveis para ajudar nos serviços, grupos e movimentos paroquiais, tais como: a catequese paroquial, em que gerações inteiras de famílias passaram pelos ensinamentos catequéticos das irmãs; a preparação e cuidado das alfaiais litúrgicas e da sacristia; na participação no coro paroquial, e faço neste momento uma justa e saudosa referência à entrega da nossa Irmã Elisabeth Pimenta em prol do canto na nossa comunidade paroquial; na proclamação da palavra; na distribuição da sagrada comunhão e visita aos doentes da nossa paróquia; e do Serviço da Porta Aberta que com a ajuda das irmãs é mantida a igreja aberta para visita, oração, conversa e dar informações a quem procura esta nossa igreja. E é através desta ação apostólica em prol da nossa comunidade que as irmãs demonstram e dão sentido ao lema da Venerável Teresa de Saldanha: “Fazer o Bem sempre e onde seja possível”.

            Saúdo com alegria neste momento, em nome do nosso pároco Senhor Padre Ignácio e de toda a comunidade paroquial aqui presente, as religiosas que hoje estão aqui connosco e que de certa forma honram estes 70 anos de missão das muitas irmãs que passaram por esta comunidade: a Madre Geral da congregação Irmã Rosilene Linares, que muito nos alegra com a sua presença, alegria e simplicidade, a Superiora Provincial Irmã Alzira Ferreira, que já pertenceu a esta comunidade e que sempre possível visita as suas irmãs e assim também nos visita; a Irmã Fernanda Cafôfo e a Irmã Lúcia Bettencourt religiosas naturais da nossa ilha, e que estão ligadas a nossa comunidade pelos anos em que pertenceram a comunidade religiosa; a nossa irmã Fátima Brazão que sendo filha desta comunidade paroquial muito nos alegra e orgulha por ser uma referência nas vocações nascidas no seio da nossa paróquia; saúdo a Irmã Fátima Vieira que vindo lá de perto do alto da Serra da Estrela, da comunidade existente das dominicanas na Guarda, vem visitar e juntar-se a nós nesta celebração dos 70 anos das nossas irmãs, e por fim, e não sendo menos importantes as nossas irmãs que atualmente constituem esta comunidade religiosa: a superiora desta comunidade Irmã Suzana Tchilombo que já nos habituou com o seu sorriso e acolhimento; a Irmã Ondina Oliveira que há cerca de 43 anos se encontra nesta comunidade e é portadora de memórias, rostos e nomes da comunidade religiosa e também da nossa comunidade paroquial; e a Irmã Adelaide António e Irmã Rosa Miranda que neste ano de 2023 celebram a jubilosa comemoração dos 60 anos de consagração religiosa.

            E hoje na solene procissão de entrada, e junto ao altar, temos uma relíquia da Venerável Madre Teresa de Saldanha, que nos pretende lembrar e alegrar deste percurso feito em 70 anos, em que as irmãs honram a sua fundadora e fazem com que o seu testamento e herança espiritual também seja concretizado também nesta nossa ilha, sendo todos nós continuadores da obra e missão da Madre Teresa de Saldanha. E, neste dia de festa, é da vontade da Comunidade Religiosa das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena oferecer à nossa paróquia de Santo Amaro um quadro com retrato da fundadora, Venerável Madre Teresa de Saldanha, que será colocado na sala das Irmãs, a fim de perpetuar este septuagésimo aniversário das irmãs em Santo Amaro, e também é uma forma de pedir graças à Madre Teresa de Saldanha a fim que ocorra um milagre por sua intercessão e assim a aproximar as honras dos altares com a sua beatificação e posterior canonização, dando assim maior conhecimento da sua vida, da sua obra e da sua coragem e ousadia em fundar uma nova congregação em Portugal, quando eram expulsos, extintos e fechados os conventos e todas as formas de vida comunitária, pela perseguição do Estado novo à Igreja.

            Desejamos que o vosso testemunho de total consagração a Jesus Cristo e a Sua Igreja continue a ser exemplo e fermento para nós Paróquia de Santo Amaro, que temos uma profunda alegria e uma memória cheia de gratidão por tudo o que as Irmãs são, fazem e escrevem na história desta comunidade paroquial ao longo destes 70 anos, e pedimos ao nosso bom Deus que a vossa congregação se mantenha na “perseverança da fidelidade ao seu carisma fundacional e à maravilhosa tradição de que são herdeiras” (Papa Francisco)... e ousamos pedir, com o devido respeito e esperança, que os vossos hábitos brancos, quase angelicais, continuem a esvoaçar e a serem vistos nas ruas da nossa paróquia, pois assim sabemos que testemunham a vossa presença no hoje do nosso tempo e na herança recebida das primeiras quatro religiosas chegadas a Santo Amaro em 1953.

            Que a Virgem Maria, Senhora de Fátima e Mãe das vocações, o nosso Glorioso padroeiro Santo Amaro e a Venerável Madre Teresa de Saldanha façam florescer uma nova primavera em toda a Igreja e na vossa Congregação com novas e santas vocações ao serviço de Jesus Cristo e da Igreja, e que todos nós, animados e moldados pelo Espírito Santo, continuemos a fazer o bem sempre e onde seja possível!

 

 

(durante o canto final e durante a distribuição do pão benzido do Espírito Santo, as irmãs dão as pagelas comemorativas, e no adro da igreja, durante o convívio, o livro estará disponível para quem quiser assinar e deixar a sua marca neste livro do tombo paroquial, relativamente a esta celebração dos 70 anos da Irmãs em Santo Amaro)

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